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Um macaco que pensa que pensa.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Thelema


De tanto ouvir Raul Seixas, aos 17 anos decidi aprender a tocar violão. Na época eu costumava dizer que iria aprender só para tocar Raul. A primeira música que aprendi a tocar no violão foi Sociedade Alternativa. Eu sempre me amarrei no "Faz o que tu queres! Há de ser tudo da lei". (calafrio). É químico, faz parte de mim, sempre fez muito sentido; é o mais completo e transparente conceito de livre harbítrio que eu já vi. Fazer o que quiser; ouvir a voz da natureza; viver sob a própria vontade. Na mesma letra Raul Seixas diz: "...o número 666 chama-se Aleister Crowley!" Aleister Crowley era só um nome até eu ler a minha primeira biografia de Raul. Foi quando percebi que Aleister Crowley foi uma das principais influências da vida e obra de Raul Seixas. Uns escreveram que ele era completamente louco, outros que ele era gay, outros que ele era um sábio, outros que ele era viciado em morfina...Tanto faz. O que realmente me chama a atenção em Aleister Crowley é a "LEI" que ele escreveu na qual eu concordo plenamentee seguia antes de ter consciência da existência da mesma, e o fato de compartilharmos o dia de nascimento, 12/10. Só hoje, lendo um pouco sobre Aleister Crowley na Wikipédia, eu percebi que quando Raul Seixas diz na letra de Sociedade Alternativa: "... A lei de Thelema. Essa é a nossa lei e a alegria do mundo", ele está se referindo a doutrina criada por Aleister Crowley, doutrina essa que sempre regeu o meu comportamento mesmo quando eu não sabia da sua existência. Lembrei de uma frase dita por Raul Seixas em uma entrevista: "Você pode não estar dentro da Sociedade Alternativa. Mas a Sociedade Alternativa está dentro de você".(calafrio denovo)
Abusando de Raul novamente: "Eu naõ sei onde eu tô indo. Mas sei que eu tô no meu caminho"
"Thelema
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Thelema se refere à doutrina ou filosofia religiosa difundida por Aleister Crowley a partir de 1904 nos moldes propostos pelo Liber AL vel Legis, publicação recebida por uma entidade auto-denominada "Aiwass", Ministro de Hoor-par-Kraat (o Deus Hórus).

De acordo com a filosofia thelêmica, o ser humano está afastado de sua condição divina não pela encarnação, conforme pregava, por exemplo, o gnosticismo, e sim pela simples não-conscientização desta natureza. Essa falta de consciência seria mantida por uma série de fatores, dentre os quais podem-se citar o conceito de pecado (enquanto restrição artificial dos impulsos naturais), o egocentrismo e a entrega à vontade alheia ou aos vícios -- que no conceito thelêmico referem-se a qualquer atitude que controle a vontade ao invés de ser controlada por ela. Assim, cabia ao ser humano buscar uma profunda auto-consciência, chegando assim ao conhecimento do que foi chamado de Verdadeira Vontade (Thelema, do grego vontade), o objetivo primal da encarnação de um espírito individual.

Segundo Crowley um dos caminhos desta busca pelo auto-conhecimento passava pela experimentação dos próprios limites. Mas essa experimentação, que por muitos podia ser vista como mera libertinagem ou imoralidade deveria sempre ser executada com rigor científico, imparcialidade e permanente refinamento. Assim qualquer ato na vida passaria a ser uma ferramenta através da qual cada um poderia obter um profundo conhecimento de sua própria psiquê.

Esse sistema é representada no duplo enunciado da chamada Lei de Thelema:

* "Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei". ("Do what thou wilt shall be the whole of the Law")
* "Amor é a lei, amor sob vontade". ("Love is the Law, Love under will.")

Nesta injunção (chamada de "a mais libertária das leis e a mais restritiva das leis") a pessoa é chamada a descobrir sua verdadeira natureza (o "tu" do primeiro enunciado) e, através desse conhecimento, submeter-se por completo à sua Verdadeira Vontade, deixando de lado todo e qualquer vício, capricho ou desejo que possa desviar seu caminho desse fim último.

O sistema thelêmico prescinde dos conceitos de "bem" e "mal" absolutos uma vez que lida com a individuação plena do ser humano, o que transforma todo ato em algo relativo. Por outro lado, prega também a necessidade de uma disciplina absoluta para que os caprichos não sejam confundidos com a Vontade, o que levaria ao afastamento da mesma, e de uma completa responsabilidade sobre sua própria vida, pois não há deuses externos a quem pedir auxílio ou demônios fora de cada um que possam servir de bodes-expiatórios."

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